segunda-feira, 24 de março de 2008

Ironia e Capas

Este mundo das tunas e dos tunos precisa de uma certa ironia, tal como outro mundo qualquer. Ironia, essa, que convém servir em doses comedidas para não fazer mal a algumas barrigas, nomeadamente à nossa. Daí que, por vezes, a devamos provar; o que fizemos na porção adequada. Provámos e gostámos. Mas se calhar o picante será a mais para quem não é indiano.
É a segunda referência a indianos, mas como não somos politicamente correctos…
Parece singular que, apesar de capistas, consigamos ter uma visão não acrítica do uso da capa.

Marcelo Trintão

Tunos&Tunas

Para que poderá servir um blogue sobre tunos e/ou tunas?
Bom… para muitas coisas.


Em primeiro lugar, poderá servir para falar sobre aspectos históricos bem fundamentados em investigação realizada por pessoas não apenas interessadas no assunto, mas com credibilidade ganha no terreno. Ou seja, poderá contribuir para o bem-comum por via da criação de estruturas mentais colectivas organizadas que nos ajudem a enquadrar a nossa actuação no respeito pela herança comum de tunos. Para isto, existem no mercado outras ofertas, de qualidade, e não nos cabe a nós essa tarefa hercúlea e fundamental.

Uma segunda opção é a de fazer um jornal de parede a dizer mal dos tunos e das tunas, numa lógica niilista de em nada acreditar e de nada construir. Neste caso, já cá temos a maioria da comunicação social, composta por muitas pessoas com a mesma visão do mundo, para quem tudo é passível de desconstrução. E já fazem um belo papel…

Como terceira hipótese, temos a do blogue na primeira pessoa, em que discorremos sobre estas coisas do ponto de vista meramente emocional, contando como era bonita a música que toquei com o Manuel João, saboroso o presunto que comi com o José Francisco ou espectacular o ambiente da minha tuna. Estas situações já são bem relatadas em vários blogues pessoais e de várias tunas.

O que nos resta? Fica a alternativa de criar um espaço em que a memória de pequenas coisas da vida diária do tuno e da tuna não desapareça na voragem dos tempos; não com a preocupação da perspectiva histórica, mas com o intuito de mostrar o colorido de alguns momentos que, apesar de pessoais, são parte do imaginário colectivo de vários de nós. A isto se acrescentam diversas peças com pensamentos despretensiosos, visando, tão só, mostrar perspectivas que por vezes nos escapam à primeira olhadela.
Mas tudo encarado com alguma bonomia, e muito mais respeito pelo que é ser tuno ou ser tuna do que muitos julgarão nessa olhadela.

Como dizia o Pinheiro de Azevedo: “Isto é só fumaça. Calma que o Povo é sereno! O Povo é sereno!”.

Romeu Sereno

Festivais de Tunas e Outras “Produções Fictícias”

Estava eu a passear no passado domingo, enquanto ouvia, do meio-dia à uma, a TSF. A rádio da informação apresenta, neste período, o compacto das peças humorísticas que passa durante a semana.
Isto nem de propósito. O “Tubo de Ensaio”, do Bruno Nogueira, de segunda-feira apresentava uma rábula sobre o Tágides (Festival de Tunas de Almada).
Das duas uma, ou ele esteve no dito evento ou viu imagens em qualquer lado, pelo menos assim parece. De qualquer modo, a crítica humorística em causa não prima por uma graça extrema, excepto na parte em que ele diz que se sente mais alto.
A ouvir, apesar de ser mais do mesmo: tunos bêbados e folclore do traje.
É por isto que são só tiros nos pés as ligações das tunas ao mercado publicitário, Super Bock e Tagus incluídas…

Para quem queira ouvir, entre em www.tsf.pt/online/radio/index.asp?pagina=Arquivo e aceda ao “Tubo de Ensaio” de 17 de Março 08.

Tiago Alegre