quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Estratégias Para Agarrar a Pequenada


Começamos mais um ano, esperando que tenham gostado da banhoca que demos à imagem do tunos&tunas. (Se não perceberam o que estou a dizer ainda vão a tempo de mandar um mergulho. Entrem na foto da água azul e aguardem uns segundos…)

Estratégias para agarrar a pequenada. Aqui está um bom tema.

Segundo sei, há uns anos usavam o Dragon Balll ou um peito seminu para atrair a atenção para um qualquer cartaz manhoso. Ou então pedia-se a uma amiga para fazer, em papel de cenário, uns escritos à mão, pois a jeitosa sempre tinha a letra mais bonita. Além disso, tocava-se na(s) cantina(s) e nas recepções do caloiro e tentava-se saber, dos recém-chegados, se alguém arranhava algum instrumento musical.

As coisas mudaram. Para melhor ou para pior não será fácil de avaliar. Antes, era tudo mais arcaico e menos visual, mas por outro lado mais autêntico. Na actualidade, temos os computadores com os seus power points, publishers e photoshops, mais os DVD, CD e blogs e páginas, hi5, telemóveis, sms, mms e mais não sei o quê. Ou seja, os instrumentos são mais variados, mais apelativos, e só falta é pensar na campanha para agarrar a pequenada.

Então vamos ver lá ver. O que eu faria?
1. Pendurava uns cartazes minimalistas com muita imagem e pouco texto, puxando a pequenada para a internet (hi5 ou blog ou página), mas com os dias e horas de ensaios e um telemóvel para esclarecimentos;
2. Distribuía folhetos impressos a preto sobre folha colorida (sai barato e é apelativo) com mais algumas informações sobre a tuna (música, boémia, passear, magia e sexo de forma velada, tal como se percebeu pelo inquérito);
3. Falava com a comissão de praxe lá da academia e tentava incluir um panfleto nos materiais que distribuíssem à pequenada;
4. Tentava sacar números de telemóvel e mails para enviar umas mensagens com música e animação sobre a tuna;
5. Passava na(s) cantina(s), nos bares académicos e nas tascas onde fosse usual a estudantada ir e tocava umas músicas para ver se pescava algum (de preferência em horário apelativo);
6. Pedia aos amigos que, se conhecessem algum caloiro, lhe falassem da tuna;
7. Tentava saber quem são os caloiros mais activos socialmente e perguntava-lhes se não queriam aparecer nos ensaios;
8. Perguntava também aos mais introvertidos (do tipo cãozinho abandonado) se não queriam conhecer um pessoal fixe lá na tuna;
7. Fazia umas arruadas com serenatas incluídas pelas residências da zona;
8. E… Tunava!

Espero que gostem das sugestões!

Tiago Alegre

terça-feira, 9 de setembro de 2008

O Início do Ano Académico na Tuna


Começa mais um ano académico e prepara-se a chegada de nova leva de caloiros fresquinhos. Na maioria das tunas, este é um período definidor do resto do ano tunístico.
Um dos motivos essenciais é, de forma clara, a assunção da inactividade de alguns membros e a entrada de outros.

Este processo, quando decorre de forma equilibrada, dá uma nova vida à tuna e contribui para o seu engrandecimento. Mesmo considerando que a inactividade dos antigos é um estado latente do qual regressam alguns mortos-vivos – não que estejam cadáveres, mas há malta que por vezes ressuscita para a vida de tuna apesar de se anunciar como morto há muito* – a entrada de novos membros é fulcral para que toda a estrutura da tuna se vá mantendo.

Poderia dizer que, em cada ano, a integração de novos membros é a “pedra de fecho” da abóbada da tuna, passe a simbologia um bocado para o pedreiro-livre. Se estiver bem colocada, aguenta a abóbada e a catedral não rui (conjugação do verbo “ruir”). No caso contrário, pode pôr em risco a estrutura que tanto tempo levou a erigir.

E se julgam que só as tunas de faculdade/instituto são afectadas por este momento anual, desenganem-se, pois as tunas de cidade/academia reformulam-se usualmente nesta altura do ano. Nem que seja por mero hábito….

Marcelo Trintão

* Lembra-me sempre aquela famosa anedota sobre o gajo que, dado como morto e enterrado em consonância, grita debaixo da terra que está vivo, ao que o coveiro acrescentando mais terra sobre o moribundo, lança o dito “Tu não estás vivo, estás é mal enterrado…”.