sexta-feira, 4 de julho de 2008

A Juliana Paes Tem Uma Surpresa Para Quem Não Gosta do Tunos&Tunas!

Clica na imagem se achares este blog uma parvoíce pegada.

O Tunos&Tunas, com o patrocínio de uma boa marca de cerveja, conseguiu assegurar a colaboração da simpática Juliana Paes.

Eu gosto é do Verão...
Tiago Alegre

terça-feira, 1 de julho de 2008

Motivações da estudantada que aparece a querer ir para a tuna mesmo sem fazer puto de ideia do que é uma dita


Nestes anos que levo de tuna, uma das coisas de que não me aparto é do meu espírito de observação e de uma vontade de crítica e autocrítica assim para o agridoce.

Um aspecto interessante das pessoas que chegam às tunas tem que ver com a sua motivação para tentar integrar um grupo deste género. Temos de tudo um pouco como na farmácia. E por vezes aparece-nos gente com várias destas motivações cruzadas.

Ora bem.
Temos o “porque é fixe”.
Temos o “porque gosto de música”, mesmo uivando como um lobo esfaimado e achando que percebe muito da coisa pois tem uma colecção de mais de 500 CD.
Temos os que querem arranjar desculpas para não serem naftalinosos.
Temos os que pensam que, pondo o traje em cima, ficam com um carisma que só lhes escapa a boazona do bairro e porque é fufa! Mas, mesmo assim…
Temos um clássico, dentro do género suburbano ou serrano, que apenas pretende… emborcar. Vale tudo desde que se mamem umas minis à borlix e se comam uns tremoços. Estes costumam acabar por preferir ficar no bar da faculdade a jogar às cartas e a emborrachar-se, pois sempre dá menos trabalho.
Temos, ainda, os que procuram o encantamento da vida académica plena. Às vezes têm sorte e lá lhes calha uma tuna tuna.
Temos os que querem simplesmente viajar, mesmo que em nada contribuam para o bem comum. Também se costumam inscrever no grupo de danças populares, no côro, no desporto universitário e no núcleo de estudantes africanos, mesmo tendo ascendentes luxemburgueses (desde que dê viagens de graça).
Temos, também, a malta que tem uma fixação pela pandeireta. Normalmente, isto nota-se mais nas mulheres, tanto das tunas mistas como femininas. Chegam e querem ir tocar pandeireta, pois parece fácil e dá-se uns saltos na boca de cena…
Temos os que querem aprender a tocar um instrumento. Destes, poucos se aguentam quando percebem que têm de investir muito tempo e dedicação à “causa” da aprendizagem e do treino.
E por fim, temos os famosos “porque sim”. Ahhh. Argumentos sólidos! E ainda falam de iliteracia.

Estou, claro está, a caricaturar as motivações dos estudantes que se apresentam como querendo entrar para a tuna. É assim como que uma iniciação à praxe de tuna, digamos.
Quando comecei nestas andanças, até devia ser dos “porque sim”, pois já nem me lembro dos motivos…

Vá. Respondei ao inquérito com bonomia e ide para a praia.
É possível a escolha múltipla!

Marcelo Trintão

segunda-feira, 30 de junho de 2008

E Esta? Hein?


E se de repente, ouvires a “Amélia dos Olhos Doces” a ressoar na tua rua e nela reconheceres a versão da TUIST?

Estava eu descansadito, a morrinhar num belo e calmo fim de tarde, quando ouço pela janela da cozinha uma voz de tuno a entoar:

“Amélia gaivota, amante, poeta,
Rosa de café.
Amélia gaiata, do bairro da lata,
Do Cais do Sodré.”


Preguei-me à janela e retorqui:

“Tens um nome de navio,
Teu corpo é um rio onde a sede corre.”


Silêncio absoluto.
– O cantador calou-se? Pelo menos por momentos, não esboçou reacção audível. Decerto que a surpresa o tolheu.
Passados uns minutos lá continuou, um pouco mais balbuciante, mas repetindo partes da música em jeito de ensaio. O som vinha do prédio ao lado, mas ainda estou para perceber de que andar…

Curiosamente, há um par de anos, fiquei com a nítida sensação de que umas estudantes que moravam no último andar do meu prédio seriam de uma tuna feminina, pois lá se ouvia, de tempos a tempos, um pouco de música de tuna tocada ao vivo. Parecia vir do andar das ditas raparigas, mas como sou introvertido, acabei por nunca perguntar nada.

Servem estes pequenos episódios para fazer notar aos leitores que por detrás de um qualquer vizinho pode estar um tuno. Por isso, não se sintam coibidos de cantar em casa a plenos pulmões e de tocar afinadinho músicas de tuna, pois qualquer dia podem ter a sorte de ser convidados para malhar uns copos com música em casa do vizinho ou de acabar a dar conversa sobre tunas a alguma miúda que até percebe da poda…

Tiago Alegre