segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Tunos na TV


1. Neste fim-de-semana, afundei-me no sofá e decidi não ligar nenhuma a esta coisa das tunas, mesmo sabendo que havia animação pelos lados do Porto.
Fazia eu um zapping, quando dei de caras com um moço da Tuna Universitária do Minho, de símbolo da mesma ao peito, no programa da Catarina Furtado “A Minha Geração” (RTP1) sobre os anos 90.
No concurso sobre cultura musical dessa época, o tuno saiu a ganhar com um resultado de 5 a 2 sobre uma piquena (como diz a Dr.ª Manuela).
Nada de extraordinário a registar, a não ser um pormenor: a rapariga afirmou decididamente, antes de se iniciar o “confronto”, que venceria o tuno; em resposta, este evitou a questão, com cortesia e desportivismo.
É nestes momentos que se vê o cavalheirismo. Gostei.

2. De forma muito pouco alegre, assisti, ainda afundado no mesmo sofá, à Grande Reportagem da SIC sobre trabalhadores precários. Infelizmente, um dos casos apresentados era o da Maria João Sousa (MJS), antropóloga durante dez anos no ex-Instituto Português de Arqueologia e, se me não engano, fundadora da T-Única (Feminina de Letras de Lisboa).
Da integração daquele organismo estatal no novo IGESPAR, sobrou a palha mais pequena para a MJS e, como estava a recibos verdes, foi dispensada…
Com 35 anos de idade e despedida de um dia para o outro, a nossa arqueóloga pôs o estado em tribunal. Esperemos que consiga a integração nos quadros depois de uma década a dar o couro e o cabelo como servidora pública.
Força e confiança no futuro é o que lhe desejo em nome do tunos&tunas.

Romeu Sereno