terça-feira, 9 de setembro de 2008

O Início do Ano Académico na Tuna


Começa mais um ano académico e prepara-se a chegada de nova leva de caloiros fresquinhos. Na maioria das tunas, este é um período definidor do resto do ano tunístico.
Um dos motivos essenciais é, de forma clara, a assunção da inactividade de alguns membros e a entrada de outros.

Este processo, quando decorre de forma equilibrada, dá uma nova vida à tuna e contribui para o seu engrandecimento. Mesmo considerando que a inactividade dos antigos é um estado latente do qual regressam alguns mortos-vivos – não que estejam cadáveres, mas há malta que por vezes ressuscita para a vida de tuna apesar de se anunciar como morto há muito* – a entrada de novos membros é fulcral para que toda a estrutura da tuna se vá mantendo.

Poderia dizer que, em cada ano, a integração de novos membros é a “pedra de fecho” da abóbada da tuna, passe a simbologia um bocado para o pedreiro-livre. Se estiver bem colocada, aguenta a abóbada e a catedral não rui (conjugação do verbo “ruir”). No caso contrário, pode pôr em risco a estrutura que tanto tempo levou a erigir.

E se julgam que só as tunas de faculdade/instituto são afectadas por este momento anual, desenganem-se, pois as tunas de cidade/academia reformulam-se usualmente nesta altura do ano. Nem que seja por mero hábito….

Marcelo Trintão

* Lembra-me sempre aquela famosa anedota sobre o gajo que, dado como morto e enterrado em consonância, grita debaixo da terra que está vivo, ao que o coveiro acrescentando mais terra sobre o moribundo, lança o dito “Tu não estás vivo, estás é mal enterrado…”.

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