Sobre o tema do momento, fico encantado por duas pessoas ligadas a tunas chegarem bem longe num concurso musical visto pelo grande público (Ídolos, para os mais desatentos), em especial quando são boa gente.
Andei a navegar na rede e deparei com uma entrevista do Martim em que lhe era perguntado, entre outras coisas, se já havia feito uma serenata a alguém especial.
Reproduzo a passagem:
Já fizeste uma serenata a alguém especial?
Não. Eu sou solista da minha tuna de uma serenata que temos e, por isso, já a cantei em muitos sítios, nos quais a dedicava normalmente às mulheres que lá estavam presentes. Seriam com as palmas destas que se saberia se a tuna ganharia ou não o prémio final.
Não pressentem aqui um ligeiro equívoco? A magia de fazer uma serenata não me parece a mesma magia de evocar uma serenata para ganhar o prémio final.
Se esta visão vingar, qualquer dia apenas restará às tunas retratar uma realidade desaparecida in illo tempore, quais grupos folclóricos. A bem ver, poderão não andar longe disso...
O mais curioso é que não lembra a ninguém fora deste nosso meio vir perguntar se uma tuna ganhou algum prémio. Porque será?
Tiago Alegre
P.S. Aceito que se o “prémio final” houver sido mencionado em sentido figurado, a coisa até possa fazer algum sentido… Embora, nesse caso, a questão das mulheres a bater palmas já me pareça um avanço extremamente arrojado. :)