Estava na palheta (mas por acaso não no palheto) com alguns tunos amigos e começámos a falar do tema “tascas”.
Falávamos de vários estabelecimentos comerciais do género, espalhados pelo nosso país, quando me fui apercebendo de que se nuns sítios é fácil encontrar um refúgio para tocar umas músicas, dar dois dedos de conversa e beber uns copos – sem se ser mandado calar pelo dono do dito e sem se ser espoliado do pouco capital que nos resta ao fim do mês –, noutras terras deste nosso Portugal a coisa não parece muito acessível.
Em consequência do ilustre progresso, foram-se perdendo alguns locais deste tipo, por vezes substituídos pelos ditos “bares de estudantes” ou por cafés mal amanhados, mas em que faltam os tampos de mármore, os velhotes a beber o copo do final do dia e o t-e-m-p-o. O tempo, caros amigos, o tempo para tocar uma música, beber um trago, contar uma história e dizer mal dos políticos da terra, com um coro de sábios a corroborar cada uma das palavras, cada uma das notas, cada um dos versos lançados para a sala…
Com esta tirada, ainda ganho o prémio Camões! Tanto mais que a próxima rodada deve ser para autores portugueses, já que é à vez…
Acreditem no que vos digo. Faltam espaços com afectividade (vá lá, não sejam mauzinhos, contenham-se!), espaços que não sejam de mera passagem e em que os seus ocupantes interajam e criem momentos com significado. Espaços com ambiente, não direi ambiente familiar, mas talvez ambiente caloroso.
Sei que há mais do que tascas nesta vida.
É a vida, dirão alguns. Pois eu digo que falta vida em certas vidas!
Vá, venham de lá as “tascas” da actualidade e já agora as do tempo antigo… Se alguém tiver paciência que comente isto e deixe sugestões de tascas para que por lá passemos.
Falávamos de vários estabelecimentos comerciais do género, espalhados pelo nosso país, quando me fui apercebendo de que se nuns sítios é fácil encontrar um refúgio para tocar umas músicas, dar dois dedos de conversa e beber uns copos – sem se ser mandado calar pelo dono do dito e sem se ser espoliado do pouco capital que nos resta ao fim do mês –, noutras terras deste nosso Portugal a coisa não parece muito acessível.
Em consequência do ilustre progresso, foram-se perdendo alguns locais deste tipo, por vezes substituídos pelos ditos “bares de estudantes” ou por cafés mal amanhados, mas em que faltam os tampos de mármore, os velhotes a beber o copo do final do dia e o t-e-m-p-o. O tempo, caros amigos, o tempo para tocar uma música, beber um trago, contar uma história e dizer mal dos políticos da terra, com um coro de sábios a corroborar cada uma das palavras, cada uma das notas, cada um dos versos lançados para a sala…
Com esta tirada, ainda ganho o prémio Camões! Tanto mais que a próxima rodada deve ser para autores portugueses, já que é à vez…
Acreditem no que vos digo. Faltam espaços com afectividade (vá lá, não sejam mauzinhos, contenham-se!), espaços que não sejam de mera passagem e em que os seus ocupantes interajam e criem momentos com significado. Espaços com ambiente, não direi ambiente familiar, mas talvez ambiente caloroso.
Sei que há mais do que tascas nesta vida.
É a vida, dirão alguns. Pois eu digo que falta vida em certas vidas!
Vá, venham de lá as “tascas” da actualidade e já agora as do tempo antigo… Se alguém tiver paciência que comente isto e deixe sugestões de tascas para que por lá passemos.
Tiago Alegre
P.S. Mandem lá a boca do “get a life…”, que por acaso até fica aqui bem…
2 comentários:
Sobre tascas, convido a lerem: http://notasemelodias.blogspot.com/2008/05/notas-sobre-faculdade-bquinhas-i.html
Sugiro o UDRA, em Algés de Cima(Oeiras), poiso habitual de alguns tunos da nossa praça, nomeadamente alguns do Grupo de Serenatas da FMH, mas só das 6 da tarde às 6 da manhã...
Em Leiria, pode-se ir ao Tanoeiro (tasca fina) e ouvir vários tunos tocar, seja como elementos de grupos de fados seja como, por exemplo, com o Grupo de Tunos de Leiria. Só faltam mesmo os velhotes e as mesas de tampo de mármore!
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